terça-feira, 8 de abril de 2008

Siddhartha, de Hermann Hesse


Dentro de nós, escondidos atrás dos gestos e palavras, existem sentimentos que muitas vezes não conhecemos não sabemos qual a extensão das suas raízes nem a razão da sua origem. Assim como muitos de nós, Siddartha sai à procura do seu caminho e da harmonia interior.


O autor, Hermann Hesse, nasceu em 1877, em Calw (Alemanha), filho de missionários protestantes. Cedo entra em choque com os pais, que queriam o filho pastor; não se submete à disciplina da escola e foge para a Suíça onde adquire a nacionalidade suiça em 1923.
O jovem escritor casa-se, mas continua revoltado contra o meio burguês e as convenções sociais - como se lê em Gertrud (1910). Muda-se para a Índia e conhece o budismo, que adoptaria pelo resto da vida.
Após o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, engaja-se em actividades contra o militarismo alemão. Em 1919, publica Demian, influenciado pelas ideias do psicanalista Carl G. Jung.
Sidarta é de 1922. Sem encontrar a solução para seus problemas na Índia, conta a história de sua vida em O Lobo da Estepe (1927). Em 1943, publica O Jogo das Contas de Vidro, romance utópico, situado no ano de 2200.
É considerado um dos maiores escritores deste século, igualando-se a contemporâneos ilustres como Thomas Mann e Franz Kafka. Laureado com o Prémio Nobel em 1946, as suas obras estão traduzidas em mais de 30 idiomas.

Exposição de Julião Sarmento

Trabalhos inéditos de Julião Sarmento que inauguram uma nova fase de criação. Até 3 de Maio na Cristina Guerra Contemporary Art, em Lisboa.

A novidade destas pinturas de Julião Sarmento prende-se com o facto de não utilizarem elementos figurativos, tão habituais na sua obra, mas sim manchas de cor que se relacionam com o uso da linguagem - legendas, excertos precisos de textos, escolhidos minuciosamente pelo autor. Outra novidade é o uso que faz da serigrafia - as peças apresentadas são, apesar da utilização do processo mecânico, obras únicas. A par do referido é também apresentada uma escultura - uma figura de mulher sem face (recorrente no seu trabalho) sentada numa cadeira, frente a uma mesa de grandes dimensões, e na proximidade de um espelho. S.Po. (PÚBLICO)

NUNCA É TARDE DEMAIS

O executivo multimilionário Edward Cole (Jack Nicholson) e o mecânico Carter Chambers (Morgan Freeman) vivem em mundos muito diferentes, mas, numa reviravolta do destino, os seus destinos cruzam-se. Estavam num quarto de hospital quando descobriram ter duas coisas em comum: o desejo de gastar o tempo que lhes resta a fazer tudo aquilo que sempre desejaram e a necessidade inconsciente de se aceitar tal como são. Juntos embarcam numa viagem única, tornando-se amigos e aprendendo a viver a vida no seu melhor, com sensatez e humor.


O prazer de ver juntos dois magníficos actores: JACK NICHOLSON e MORGAN FREEMAN.


"Nunca É Tarde Demais", filme de Rob Reiner
com Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Beverly Todd, Rob Morrow, MaShae Alderman, Verda Bridges e Lauren Cohn
(Estados Unidos 2007)

"Onde Vamos Morar", de José Maria Vieira Mendes, para ver em Lisboa no Convento das Mónicas


A sugestão é também a oportunidade de rever Sérgio Goidinho de regresso aos palcos (do teatro), o tema é actual e encerra a dicotomia do personagem que se interroga, vive e procura a vida no que ela encerra de descoberta dos lugares que nos cercam. De novo pais e de novo filhos: Américo é o pai, doente e solitário; Vítor, o seu filho, casado com Gabriela, que o deixa para partir em viagem. Patrícia, a irmã de Gabriela, vive na casa da infância, vazia, agora que os pais morreram. Gustavo regressou depois de vinte anos fora do país e procura uma casa onde ficar e o pai que já há muito não via. Mas encontra apenas Vânia, a sua meia-irmã, que está ainda no princípio. E por último Mário, que trabalha como estafeta para uma florista incompetente que se engana sucessivamente na morada dos clientes. Sete personagens deambulam pelas suas histórias e cruzam-se umas com as outras, numa teia irregular e esburacada que a todos une. Gente que entra e sai numa cidade onde muita coisa se esconde ou não se vê, onde as ruas ficam desertas à noite e por onde passa um comboio que não se sabe para onde vai. Desencontros, partidas e abandonos. Uma peça sobre a morte, sim, o escuro, claro, mas também sobre a distância, o regresso, o esquecimento e a procura de uma morada.

CRÍTICA DO CONTEMPORÂNEO, CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS - Serralves 2008


Trazer à Palavra A Política, na eventualidade “de uma leitura dos acontecimentos do nosso tempo, de um traçar de uma cartografia das tonalidades políticas, sociais e afectivas que nos governam”, e “ajudar a perceber as transformações, as inflexões e as linhas de fuga que ocorrem em vários planos da nossa realidade — é este o objectivo do primeiro módulo do Ciclo de Conferências “Crítica do Contemporâneo” 2008.
O Ciclo de Conferências “Crítica do Contemporâneo”, que decorre desde Março, traz à Palavra Os Políticos, projectivos na obra e no pensamento, gestores de incerteza na decisão e, porque capazes de análise orgânica da contingência na contingência, sujeitos da história, porventura da cultura. Sobretudo Políticos reconhecidos neste papel e conscientes do mesmo, capazes de uma reflexão crítica sobre a realidade social, cultural e política, forjada numa sólida cultura e numa praxis exigente. Os conferencistas convidados têm obra de referência, evocada, citada e discutida, onde se confronta a contingência dos acontecimentos do nosso tempo, procurando traçar uma cartografia das tonalidades afectivas, políticas e sociais que nos governam e ajudar a perceber as transformações, as inflexões e as linhas de fuga que ocorrem em vários planos da nossa realidade. Enraízam o seu pensamento nos acontecimentos do presente e na contingência do nosso tempo e definem uma actualidade.


09 ABR (Qua), 21h30FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (Brasil)
"O mundo contemporâneo e a política nos próximos 20 anos"

30 ABR (Qua), 21h30MICHEL ROCARD (França)
"O mundo contemporâneo e a política nos próximos 20 anos"

07 MAI (Qua), 21h30FEDERICO MAYOR (Espanha)
"O mundo contemporâneo e a política nos próximos 20 anos"

ALVESS em Serralves até 20 de Abril

Manuel Alvess é um artista pouco conhecido do grande público português, que tem em Serralves a primeira apresentação antológicaa da sua obra. Afastado de Portugal desde os anos 60, este artista tem vivido em Paris onde foi acolhido e admirado por outros artistas portugueses que aí residiam, como Lourdes Castro ou René Bertholo. As suas primeiras obras são telas vazias onde o desenho aparece através do uso de fechos éclair ou da abertura de buracos no tecido. Faz performances, produz projectos mail art e inventa um conjunto de objectos de medida não funcionais, como o seu elástico e flexível “seizimètre”. A suas obras têm um carácter de intervenção crítico nas referências estruturais e de referência à vida prática. A exposição é comissariada por João Fernandes e Sandra Guimarães. A ver no Museu de Serralves até 20 de Abril.