segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Tributo a Álvaro Lapa


Exposição “Tributo a Álvaro Lapa"

Álvaro Lapa é hoje considerado um dos pintores mais importantes da história da arte contemporânea portuguesa, com fortes ligações à consagrada "Escola do Porto", onde foi durante muitos anos Professor e de que é oriundo também, desde a génese da sua carreira, o pintor Domingos Pinho.

A presente mostra é um tributo à obra de Álvaro Lapa, a partir da qual é possível constatar o carácter imaginativo e prodigioso que emprega em cada uma das telas, com predomínio num tipo de linguagem expressionista e abstracta, que congrega pintura e escrita.

Patentes de 1 de Março a 30 de Abril - Galeria Nasoni, Rua Galeria de Paris, 80, Porto

JÚLIO POMAR - CADEIA DA RELAÇÃO








Exposição de JÚLIO POMAR - CADEIA DA RELAÇÃO
de 22 Fev a 20 Abr 2008

Júlio Pomar é um dos artistas portugueses mais reconhecidos, com uma obra extremamente diversificada, desenvolvida ao longo de mais de 50 anos de trabalho. “Cadeia da Relação” é uma exposição focada na evidência dos materiais e nas suas relações estruturantes da composição do quadro ou do objecto. A exposição parte das primeiras experiências do artista (datadas das décadas de 60 e 70) no domínio da colagem e da “assemblage” e dos seus quadros resultantes de um confronto entre a tela crua e a cor para demonstrar como, desde então até à sua obra mais recente, estes processos e técnicas são indissociáveis da interrogação e das práticas da pintura na obra de Júlio Pomar.

Comissário: João Fernandes
Produção: Museu de Serralves

Visitas guiadas à exposição:
6 de Março, 18h30, por João Fernandes
10 de Abril, 18h30, por Alexandre Pomar (a confirmar)
Local: Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Rua D. João de Castro, 210
Horário: de Terça a Domingo, das 10h00 às 19h00.

Para mais informação: http://www.serralves.pt/

O Crocodilo que Voa




Entrevistas a Luis Pacheco


O Crocodilo que Voa, livro em que João Pedro George reune entrevistas dadas por Luiz Pacheco de 1992 para cá, saíu finalmente em edição da Tinta da China.

Confissões e provocações numa antologia de entrevistas a Luiz Pacheco que Pedro Mexia faz a sua crítica no Público:

"Estas entrevistas a Luiz Pacheco valem, cito J.P. George: " (...) pela agilidade mental ou pelo implacável sentido da lógica, pela sinceridade desarmante ou pelo desapego de quem não quer ser correcto ou bem-comportado; (...) pelas intervenções cómicas, o humor negro, o absurdo, o sarcasmo, a picardia, o cepticismo de quem viu e viveu muito (...) (pág. 11). Como é inevitável, há aqui bastantes repetições, cansativas numa leitura seguida, mas também surpreendentes desmontagens das categorias de "maldito" e "libertino" (ambas próprias de outras épocas e outros costumes) e uma ausência de auto-complacência que leva o escritor a reconhecer que a sua Obra se reduz a uns "textos soltos". Que no entanto contam muito mais que o espectáculo (reconhecidamente divertido) da língua solta. "

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Paulo Teixeira Pinto - A forma de pintar as palavras

É uma personalidade ímpar que revela grande paixão pelas artes da palavra e da pintura.

Recentemente resolveu voltar a abraçar uma das causas que mais o entusiasma: a causa monárquica.

"Assim como as palavras verdade e silêncio se escrevem com todas as letras de todos os verbos de todas as línguas da vida".

Vai escrever poesia, pintar e diz não contar voltar à vida política.

Contudo, sendo uma personalidade polémica, mas agregadora, vai naturalmente introduzir várias questões no debate cívico. Pela sua frontalidade e acutilância algumas delas acabarão por ter leitura política, outras acabarão por constituir tema de reflexão, o que faz bem a Portugal.

O seu nome é Paulo Teixeira Pinto.

Cinema

"Expiação"
Juntos pelo amor. Separados pelo medo. Redimidos pela esperança.

Realização: Joe Wright
Com: Keira Knightley, James McAvoy, Saoirse Ronan, Romola Garai, Vanessa Redgrave, Brenda Blethyn

Reino Unido/França, 2007


No dia mais quente do Verão de 1935, Briony Tallis, uma jovem de 13 anos, vê a sua irmã mais velha, Cecilia (Keira Knightley), despir as suas roupas e mergulhar na fonte do jardim da sua casa de campo.Junto a Cecilia, está o filho do caseiro, Robbie Turner (James McAvoy), um amigo de infância que, tal como com a irmã de Briony, se diplomou recentemente em Cambridge.
No final desse dia, a vida dos três personagens terá mudado para sempre. Robbie e Cecilia terão ultrapassado uma fronteira, da qual nunca antes tinham ousado sequer aproximar-se, e ter-se-ão tornado vítimas da imaginação vívida da jovem. Briony, por seu lado, terá cometido um terrível crime, que procurará expiar toda a sua vida…
Da equipa responsável pelo sucesso mundial «Orgulho e Preconceito», o aclamado realizador Joe Wright e o produtor Paul Webster reúnem-se para esta adaptação do best-seller de Ian McEwan.




"4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias"

De: Cristian Mungiu, com: Anamaria Marinca, Laura Vasiliu, Vlad Ivanov




1987, Roménia, alguns anos antes da queda do Comunismo. Ottila e Gabita, colegas de universidade, partilham um quarto num dormitório de estudantes. Gabita está grávida e o aborto é um crime. As duas raparigas pedem então ajuda a um tal de Senhor Batonementtebé para resolverem o problema. Mas não estão preparadas para o que acontecerá a seguir.
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes 2007 e nomeado para o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" é mais uma prova da vitalidade do cinema contemporâneo romeno que nos últimos anos tem arrecadado as principais distinções nos festivais internacionais de cinema. É o primeiro de um projecto de vários filmes que visam traçar uma história subjectiva do Comunismo, não falando directamente do período, mas deixando antevê-lo a partir de histórias e opções pessoais que as personagens experenciam.
PÚBLICO

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

José Luis Peixoto - O grande desafio


O seu objectivo mais importante é ser lido. As suas raízes estão ligadas à terra, aos hábitos de quem respira a vida em todas as latitudes. O seu Alentejo rural encerra o princípio, a matéria prima que tranforma numa linguagem invulgar de humildade, bondade e alegria de viver. Da sua persistência, luta e querer constrói os caminhos que quer partilhar, os encontros multiplos que a vida pode dar para encontrar os outros e a si mesmo.

José Luis Peixoto tornou-se universal. Os seus livros já estão editados em França, Itália, Holanda, Espanha, República Checa, Bulgária, Croácia, Turquia, Finlândia, Brasil, Hungria, Reino Unido e chega agora aos Estados Unidos com a prestigiada chancela Nan A.Talese/Doubkeday. Apenas para recodar: "Morreste-me" uma belíssima elegia em prosa sobre a morte do pai; "Nenhum olhar", um dos mais importantes romances da última década; "Uma Casa na Escuridão" em 2002, "Cemitério de Pianos", obra de 2006, dois títulos distribuídos avulso com outras publicações: "Minto áté ao Dizer que Minto" e "Hoje Não". "Cal" é o seu último livro publicado pela Bertrand. Como ele diz na entrevista publicada no Expresso de 16 de Fevereiro: "Começa agora o desafio".

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

MUDE Asks Questions

Inspired Lisbon
Local:Lisboa, Palácio Valadares - Largo do Carmo, 32
Horários:De 13-02-2008 a 17-02-2008;Quarta das 21h00 às 02h00 (dia 13);Quinta e sexta das 11h00 às 02h00 (dias 14 e 15);Sábado das 11h00 às 04h00 (dia 16);Domingo das 11h00 às 20h00 (dia 17).

Parte integrante do evento Inspired Lisbon, que se propõe pensar o design, esta exposição surge de um desafio - 6 temas foram lançados a 6 criadores para que formulassem 6 questões a partir de 6 peças da Colecção de Design e Moda de Francisco Capelo. De 13 a 17 de Fevereiro no Palácio Valadares, em Lisboa.

"O que é um objecto "de design"? E uma colecção destes objectos?" foi a pergunta que deu origem a MUDE Asks Questions - uma exposição das 6 "questões" levantadas por 6 criadores convidados e 6 peças da Colecção Francisco Capelo. Os 6 escolhidos foram: Boca do Lobo, Cristina Filipe, Filipe Faísca, Jorge Moita, Lidija Kolovrat e Miguel Rios. No dia da inauguração Bárbara Coutinho, directora do futuro Museu do Design e da Moda (Colecção Francisco Capelo) irá conduzir a conversa com os criadores, que abordará a questão central e os temas lançados aos 6 autores como ponto de partida: Tradição e Modernidade; Novas Atitudes e Novos Materiais; Design Social e Responsabilidade Ética; Design/ Artesanato/ Arte; Cultura Global/Soluções Individuais e Re-Design. A Colecção Francisco Capelo, não envolve apenas objectos (cerca de 1000) - parte mais conhecida da sua colecção por ter estado exposta de 1999 a 2006 no Centro Cultural de Belém - mas também uma extensa e importante colecção de Alta Costura (cerca de 1200 peças).

Inspired Lisbon pretende lançar durante 5 dias questões pertinentes sobre o estado do design - "Se o design é por natureza uma disciplina que procura resolver problemas, o que acontece quando são os próprios designers e outros profissionais criativos a colocar questões sobre o presente, e o futuro, das nossas sociedades?". Esta é a pergunta que dá o mote mas existem muitas outras questões - "No mundo (do design) globalizado, onde estão as nossas raízes?", "Como se pode manifestar o mundo digital no mundo físico?" ou "O que fazer com o património industrial moderno esquecido, ou em ameaça, de muitos países europeus?", são algumas delas, que nas diversas conferências, debates, palestras, workshops, performances, exibição de documentários e na referida exposição, terão lugar de discussão e reflexão por nomes nacionais e internacionais como Fernando Brízio, Maxim Velcovský ou Aram Bartholl. S.Po. (PUBLICO)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Exposição de Fernando Lanhas no Porto



Fernando Lanhas

na Galeria de Arte
do Jornal de Notícias







Está patente na Galeria de Arte do "Jornal de Notícias", no Porto, a exposição "Fernando Lanhas, hoje", que dá a conhecer mais de uma dezena de obras do multifacetado artista portuense. Nascido em 1923, o pintor, arquitecto e poeta, junta-se ao leque de notáveis nomes das artes plásticas que têm passado pelo espaço expositivo do JN, que reabriu as suas portas ao público fez ontem precisamente um ano. A mostra pode ser visitada até ao dia 1 de Março.A exposição é composta por 15 óleos sobre tela e um desenho, obras executadas nos últimos cinco anos. À excepção do desenho, "Cristo", todas as peças pertencem à colecção do artista e estão em depósito no Museu de Serralves, cujo director é o comissário desta mostra. Segundo João Fernandes, o conjunto agora exibido "mantém a fidelidade" à linguagem com que o artista abriu a abstracção em Portugal, nos anos 40, mas com uma vertente nova "A abertura da paleta a novas cores".

PORTUGAL: SIM OU NÃO?
Ciclo de debates de 14 Fev - 22 Mai 2008 - das 22:00 às 23:30 - no AUDITÓRIO da FUNDAÇÃO DE SERRALVES.
Dia 21 FEV 2008 - "O ESTADO DAS COISAS", com Adriano Moreira e Rui Moreira, moderador; Fátima Campos Ferreira.
Dia 28 FEV 2008 - "A ECONOMIA", com Artur Santos Silva e António Mexia; Moderador: Helena Garrido

A Fundação de Serralves promove um aprofundado debate sobre o Estado do País. Para além de se pretender fazer um diagnóstico do estado das coisas, importará também fazer uma avaliação prospectiva. Isto é, equacionar um conjunto de questões que, partindo da mais simples (o país funciona?) até à mais pedagógica (como pode funcionar melhor?), seja capaz de desenhar uma cartografia do futuro (porque mares deveremos navegar?). Habituados a viver embalados na história de termos atravessado “mares nunca antes navegados”, importa hoje, sem dúvida, perguntar por onde queremos ir.Na ressaca da Presidência Portuguesa da União Europeia, impunha-se este debate. É quase um lugar comum falar-se da nossa natureza ciclotímica, da circunstância de passarmos rapidamente da euforia à depressão e vice-versa. A formulação deste debate toma partido, com alguma ironia, dessa situação. “Portugal: Sim ou Não?” é por isso, mais do que a exigência de uma reposta definitiva, um pretexto para discutir o país.A Fundação de Serralves convidou um conjunto de personalidades e pensadores da prática e da teoria nacional a protagonizarem esta discussão. O ciclo organiza-se em torno de um conjunto de 9 sessões que pretendem varrer as várias áreas da intervenção e sentido do país.

Trilobites de Arouca




As Trilobites do Centro de Interpretação Geológica de Canelas - Arouca



Do seio das montanhas de Canelas são extraídas finas lousas que cobrem as casas da região de Arouca e de outras bem mais distantes. E no meio dessas lousas aparecem preciosos vestígios de animais marinhos fossilizados que viveram há cerca de 490 milhões de anos.

Este centro foi inaugurado no dia 1 de Julho de 2006.Localizado na exploração de ardósias da empresa Valério & Figueiredo, Lda., esta infra-estrutura alberga um raro e valioso Património Geológico, resgatado durante os últimos 15 anos e formado por fósseis de invertebrados do Ordovícico Médio . Entre estes destacam-se algumas das maiores, mais raras e até únicas espécies de trilobites do mundo, razão pela qual esta jazida fossilífera é referenciada internacionalmente. A recuperação e protecção deste património geológico de inegável valor, são hoje consideradas unanimemente pela comunidade científica um novo paradigma de cooperação entre a indústria extractiva e a ciência, sendo a informação cientifica entretanto obtida disponibilizada agora à população estudantil e ao grande público, através do novo Centro de Interpretação Geológica de Canelas (CIGC).